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Os caça-tesouros: conheça a prática do detectorismo em Salvador

Foto: Arquivo Pessoal/Você Notícias

Laiane Apresentação

Você já encontrou um caçador de tesouro em Salvador? Acredite, não é tão incomum quanto parece. Os caçadores de tesouro, amantes do detectorismo, estão presentes em diversas praias do país e do mundo procurando por objetos perdidos e preciosos sob a areia. 

Em 2020, três amigos detectoristas dos Estados Unidos da América encontraram 22 moedas raras do século XVIII, pertencentes a um naufrágio espanhol ocorrido em 1715 após um furacão, em uma praia pública da Flórida. Na época, o tesouro foi avaliado entre 5 a 6 mil dólares, que atualmente equivale a mais de 31 mil reais.

A atividade não é novidade no Brasil. Há dez anos, foi fundado no Paraná o Clube de Detectorismo Curitiba, que tem como finalidade unir amigos e pessoas apaixonadas pelo hobby. Em Salvador, os detectoristas podem ser encontrados em diferentes pontos da orla. Desde as praias de Itapuã, de Ondina e da Pituba até a orla da Cidade Baixa, como as praias do Bonfim e Boa Viagem. 

Para Fernando Spínola, detectorista há quatro anos, a atividade pode ser bem emocionante. Ele começou a praticar o detectorismo desde o início de 2020 com os irmãos e alguns amigos nas praias de Salvador. 

Dono de um canal no Youtube, onde compartilha de Exploração Urbana na Bahia, entre elas o Detectorismo, Pescaria, Pesca Magnética e Spírit Box, Fernando começou a buscar por objetos na praia com o intuito de encontrar coisas valiosas, devido ao investimento necessário para a atividade, e ajudar na limpeza das praias da cidade. 

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

“O maior intuito hoje seria achar coisas que dê para pagar o valor do detector e recuperar o valor investido”, compartilhou ele. Ao Você Notícias, Fernando contou que não consegue mensurar em quantas praias de Salvador esteve praticando o detectorismo. Além da capital, ele também esteve em Cachoeira, no recôncavo baiano, e no interior do estado. 

Foi na Praia de Buraquinho, em Lauro de Freitas, que Fernando viveu sua experiência mais memorável com a atividade. “Eu e meu irmão estávamos fazendo detectorismo e encontramos uma corrente. Não tinha valor, mas foi muito emocionante. Meu sobrinho até gritou “vai ficar rico”. Só que não era nada de valor, a princípio você pensa que é, mas não era.”, contou o detectorista.

“Muita gente pensa que detectorismo é só alegria, ganhar dinheiro, procurar… Show, fácil. Não é. São horas e horas de busca e muitas vezes sem sucesso, achando muita latinha, é tampinha dela de cerveja, lacre de tampinha, anel de latinha. Muito cansativo”, confessou Fernando. Para o detectorismo o que vale mais é o lazer. “É alegria, é reunir os amigos. Se divertindo para quem gosta”, concluiu.

Para além de encontrar pequenos tesouros, a atividade estimula a realização de exercícios físicos recomendados por especialistas e profissionais da área. Segundo o bacharel em Educação Física, Maurício de Assis, existem diversos benefícios para a realização de atividade física ao ar livre. 

“Ajuda no combate à depressão e ansiedade, a problemas de saúde crônica, combate contra a pressão alta, diabete e assim, consequentemente, uma melhora na sua disposição”, explicou o bacharel. O profissional explicou ainda que essas atividades ajudam “no ganho de massa magra de emagrecimento, além de promover a saúde e o lazer ajuda no convívio numa socialização”.

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a atividade precisa de atenção por quem a pratica. O detectorismo é uma atividade que pode ser realizada por amadores ou profissionais, mas é proibido a sua prática em locais históricos considerados sítios arqueológicos e passível de penalização.

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