Redação
A Justiça de São Paulo condenou uma empresa de saúde a pagar cerca de R$ 200 mil de indenização a uma mulher que tratou, por seis anos, um câncer inexistente. Paciente recebeu diagnóstico errado de metástase óssea e foi submetida a quimioterapia. A decisão foi mantida na última terça-feira (09).
Em 2010, a mulher, na época com 54 anos, foi diagnosticada com câncer de mama e precisou fazer uma mastectomia – Procedimento de retirada da mama. Um ano após diagnóstico correto, o médico detectou uma suposta metástase óssea, quando o câncer se espalha para o osso) na paciente e iniciou o tratamento por quimioterapia.
Seis anos após o diagnóstico, já em um novo plano de saúde, um novo médico suspeitou do erro no histórico da paciente. Ao realizarem novos testes, foi apontado que a mulher nunca teve atividade tumoral nos ossos. A informação foi confirmada pelo laudo pericial do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo.
De acordo com a Justiça de São Paulo, o tratamento de quimioterapia ao qual a mulher foi submetida de maneira equivocada, provocou efeitos colaterais como dor crônica, insônia, perda óssea e de dentição, limitação funcional dos movimentos da perna, entre outros.
“A paciente foi levada a sofrimento que poderia ter sido evitado ou minorado”, destacou o desembargador Edson Luiz de Queiroz, relator do recurso. A sentença foi dada em primeira instância pelo Tribunal de Justiça. A empresa de saúde pagou no final de 2023, o valor combinado.
Confira outras matérias: