Redação
O juiz Rudson Marcos, responsável por conduzir o julgamento da influenciadora digital Mariana Ferrer em 2020, está processando mais de 160 pessoas pelo uso da hashtag #estuproculposo nas redes sociais ou citado a expressão em referência ao julgamento. O caso Mariana Ferrer ocorreu em 2018, quando a influenciadora acusou o empresário André de Camargo Aranha de estupro.
De acordo com informações obtidas pelo jornal Folha de S. Paulo, diversos artistas e personalidades públicas estão entre os nomes processados pelo magistrado. Camila Pitanga, Angélica, Marcos Mion, Ivete Sangalo, Tatá Werneck e Felipe Neto são alguns dos artistas processados, políticos e veículos de imprensa como UOL, Folha de S. Paulo, Organizações Globo Participações e Google também estão na lista.
Os processos correm em segredo de justiça. De acordo com o juiz, a utilização da expressão “estupro culposo”, veiculada pelo Intercept Brasil, em referência a sua argumentação durante o caso provocou danos a sua imagem e carreira. Através de sua advogada, o juiz considerou a expressão, associada a ele através de uma matéria assinada pela jornalista Shirlei Alves, uma fake news.
Caso Mari Ferrer
Em 2018, Mariana Ferrer acusou o empresário André de Camargo Aranha de estuprá-la em um clube de luxo em Florianópolis. No julgamento realizado em 2020, o empresário foi absolvido pelo Juiz Rudson Marcos.
A expressão “estupro culposo” repercutiu na internet após os argumentos utilizados pelo promotor Thiago Carriço de Oliveira. De acordo com ele, não houve intenção do empresário em cometer um estupro, pois André não sabia que a influenciadora não estava em condições de consentir com a relação.
Imagens da audiência de instrução chegaram a ser divulgadas pelo Intercept Brasil na época.
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