Redação
O ex-prefeito ACM Neto criticou a declaração do governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre a aprovação em massa de estudantes da rede pública estadual. Em evento realizado em Feira de Santana, na última segunda-feira (19), o governador disse que escola que reprova alunos é uma escola “autoritária”.
“O governador fala diversas vezes em autoritarismo e desrespeito. Posição autoritária está sendo a do governador Jerônimo Rodrigues. Não só autoritária, mas desrespeitosa com as escolas, com todas as pessoas que trabalham nas escolas, professores, com os alunos e seus familiares”, disse ex-prefeito.
Em sua publicação, ACM Neto rebateu a fala de Jerônimo sobre a reprovação não combinar com as escolas baianas. “Imagine só se a Bahia de Anísio Teixeira, Ruy Barbosa e tantos outros educadores pode ter um governador que defenda o que Jerônimo está defendendo. Nós sabemos, e muitas vezes eu disse – e chamei a atenção – que, infelizmente, a Bahia ocupava uma das piores posições na educação do Brasil. Para ser exato, o penúltimo lugar no Brasil na avaliação do Ideb”, acrescentou.
ACM Neto também acusou o governador de agredir e ofender os professores. “Se o professor não serve para ensinar, serve para que, governador?”, questionou o secretário-geral do União Brasil. A fala polêmica de Jerônimo Rodrigues veio após a publicação da Portaria 190/2024. A portaria estimula os professores da rede a aprovarem os estudantes, independente se frequentaram as aulas ou não tiveram êxito em todas as disciplinas. Ainda segundo documento, discentes que não passaram em até cinco disciplinas podem prosseguir para a próxima série.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) também criticou a fala do governador. Em nota, a APLB informou que a portaria “invalida todo o processo pedagógico, além de não respeitar o trabalho do professorado, com relação às avaliações quantitativas e qualitativas, além dos procedimentos do conselho de classe por unidade, que foram debatidos, aluno por aluno, a recuperação final, ao término do ano letivo e, enfim, o conselho de classe final”.
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