Redação
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 7, uma operação para desmantelar uma milícia que atua na Bahia. De acordo com a corporação, o líder dessa organização é um político que atualmente possui foro por prerrogativa de função. A ação cumpre 10 mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 40 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.
O Ministério Público do Estado (MP-BA) cobrou um valor total de R$ 700 milhões, acrescentando soma correspondente a danos morais cometidos pela organização criminosa.
O parlamentar é apontado como líder de grupo miliciano que atua na região de Feira de Santana, acusado por crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada.
De acordo com a denúncia, a PF realizou investigações que indicam que os denunciados fariam parte de uma organização criminosa armada liderada por Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como ‘Binho Galinha’, desde 2013. Eles agiriam em conjunto, consciente e voluntariamente, com divisão de tarefas, para ocultar e/ou dissimular a origem e propriedade de bens provenientes de diversas infrações penais, como receptação de cargas roubadas/furtadas, extorsão, jogo do bicho e agiotagem, entre outros crimes.
Ao todo, estão sendo cumpridos dez mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão. Cerca de 200 policiais federais estão envolvidos na operação. De acordo com informações preliminares, entre as prisões realizadas durante a operação, estão a esposa e o filho do deputado, Mayana Silva e João Guilherme.
Durante a investigação, a Receita Federal identificou inconsistências fiscais dos investigados, movimentações financeiras incompatíveis com suas declarações e posse de bens móveis e imóveis não declarados, além de indícios de lavagem de dinheiro.