Redação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, no início da tarde desta segunda-feira (27), que o atual ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), será indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), para o lugar de Rosa Weber, que se aposentou da Corte no fim de setembro.
Também foi definido que o vice procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, será indicado para chefiar o Ministério Público Federal, em substituição a Augusto Aras, cujo mandato expirou em setembro.
O anúncio foi feito após uma manhã de reuniões no Palácio da Alvorada. Os nomes de Flávio Dino e Paulo Gonet devem, agora, ser avaliados pelo Senado Federal. Ambos irão participar de sabatinas na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da casa legislativa, ainda sem data prevista. Se aprovados no colegiado, eles passam para a análise do plenário, dependendo de maioria simples em votações secretas para tomarem posse nas novas posições.
Nascido em São Luís (MA), e filho de advogados, Flávio Dino é um dos nomes fortes da esquerda brasileira atualmente. Eleito senador no pleito de 2022 com 2.125.811 votos (o equivalente a 62% dos votos válidos), ele foi chamado para integrar o novo governo como ministro da Justiça, após a vitória de Lula contra Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno.
Desde então, tem se colocado como um dos principais defensores do governo em embates contra a oposição em temas como a flexibilização do porte de armas e também sobre o papel das forças de segurança nos episódios de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente depredaram os prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto.
Dino é formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e mestre pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Antes de ingressar na política, foi juiz federal de 1994 a 2006, atuou como secretário‐geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e assessor da presidência do STF. Em 2014, foi eleito governador do Maranhão, e reeleito quatro anos depois.