Redação
O Supremo Tribunal Federal retomou nesta quinta-feira (11) o julgamento da ação penal contra o ex-senador Fernando Collor, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integração de organização criminosa.
Na sessão de hoje, os advogados devem apresentar seus argumentos aos ministros e o relator Edson Fachin deve apresentar seu voto. O julgamento começou ontem, com a leitura do relatório pelo ministro Fachin e com a manifestação da Procuradoria-Geral da República, que pediu a condenação do senador à prisão. Desde o começo das investigações a defesa do ex-senador que haja provas de pagamentos de propina.
O caso – que é um desdobramento da Lava Jato – também envolve outros réus, os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos. O primeiro é apontado na denúncia como administrador de empresas do ex-senador; o segundo seria o operador particular do ex-parlamentar.
Collor é acusado de receber R$ 29,9 milhões em propina por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis.
Segundo a denúncia, apresentada em 2015, os pagamentos teriam sido feitos entre 2010 e 2014 em negócios envolvendo a subsidiária, que tinha à época dois diretores indicados pelo senador.
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou na primeira sessão de julgamentos que as irregularidades são provadas não apenas pelas informações da colaboração premiada, mas pela reunião de outros documentos.