Redação
Os diretores do Google e do Telegram podem ser alvo de investigação, por conta de ações das plataformas contra o Projeto de Lei das Fake News. O pedido de abertura das investigações foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria Geral da República (PGR) nesta quinta-feira (11).
O pedido à PGR foi encaminhado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que acusa os dirigentes de “contundente e abusiva ação” contra a aprovação do PL. Para o deputado, as plataformas instigaram usuários a “pressionarem os congressistas” e promoverem “campanha de desinformação”. O fato teria sobrecarregado o portal da Câmara e, consequentemente, os trabalhos da Casa.
Lira ainda afirma que os representantes das plataformas agem em nome de interesses econômicos e “têm lançado mão de toda sorte de artifícios em uma sórdida campanha de desinformação, manipulação e intimidação, aproveitando-se de sua posição hegemônica no mercado”.
No pedido formal de investigação, a vice-procuradora geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que é preciso esclarecer as condutas narradas pela Câmara, além da apuração de crimes contra as instituições democráticas, contra a ordem consumerista e contra a economia e as relações de consumo. O caso deve ser analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, que comanda o inquérito das milícias digitais na corte.