Redação
O Tribunal de Berna, na Suíça, decidiu por anular a sentença de condenação do técnico de futebol Alexi Stival, conhecido como Cuca, por estupro de menor em 1987. O caso foi reaberto em novembro de 2023 pela juíza Bettina Bochsler após argumentação da defesa do atleta.
De acordo com o portal ESPN, a juíza identificou irregularidades no processo de 1989 e definiu como “injusto” o veredito final que condenou Cuca. Devido a prescrição do crime, não haverá um novo julgamento e o processo foi extinto. Decisão foi tomada na última quinta-feira (28).
O ex-treinador do Corinthians também receberá uma indenização de R$55,2 mil. A anulação, porém, não inocenta o treinador, apenas extingue o processo.
Relembre o caso:
Em 1987, durante uma passagem do Grêmio na Europa, o ex-jogador Cuca, junto com os colegas Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, foram detidos e acusados de estupro contra uma menina de 13 anos em Berna, na Suiça.
De acordo com a investigação da época, a garota e alguns amigos teriam ido ao quarto de hotel dos jogadores brasileiros pedir uma camisa do clube de futebol, quando os jogadores expulsaram os amigos da garota e abusado sexualmente da pré-adolescente que morreu em 2002, 15 anos após o ocorrido.
Os quatro foram condenados à revelia a 15 meses de prisão, mas não chegaram a cumprir a pena por já estarem em território brasileiro.
Em abril de 2023, Cuca teve o contrato rescindido com o clube paulista Corinthians após pressão do público. Na ocasião, o treinador se declarou inocente da acusação.